Viver o romance é estar em apuros.

Tenho escrito menos e vivido um pouco mais. A literatura de meus dias perdeu o caráter de microconto, por isso não mais os tantos posts. Virou romance que não mais se capitula em poucos parágrafos. Muitas vezes abandonei em branco o texto, pois olhava, míope, para dentro de mim e nada via senão o nebuloso vulto da ulceração que ainda gritava em vermelho. Precisava encontrar um caminho para a superfície, mas no fundo daquele poço encontrei um par de lentes.

O romance nos desafia a convicção, por vezes tira a paciência, e pode até nos subtrair alguns anos da vida, mas quando é que alguém, por um segundo que fosse, cogitou – a sério – viver sem ele? Nossas aspirações vão, cada vez mais, aproximando-se da realidade; a gente passa a prometer menos, mentir menos, e chega até a achar que, dessa vez, erraremos menos, por julgarmos saber onde escondem-se todas as bombas desse campo minado. Nem preciso lembrar que a única certeza no romance é a de se estar eternamente em apuros, saracoteando as pernas para não se deixar afundar totalmente no obscuro e indecifrável oceano que é a vida daquela pessoa com a qual estamos de mãos dadas.

Em apuros pois é perigoso. É perigoso porque a gente arrisca. E a gente arrisca porque quer. Ninguém nos obriga a viver o amor, mas a gente ama vivê-lo. Ninguém nos obriga a sentir as mesmas dores de novo, mas a gente se quebra em mil pedaços para sentir o prazer na cura. A gente acha que pode viver sem, mas as palavras soluçadas no fim de uma noite ébria evidenciam o que, para todos ao nosso redor, já era óbvio: estamos fodidos.

Em apuros não estou só eu, estamos todos nós, meus caros. Romance é o que se persegue pelas esquinas, que foge à luz dos postes, e ele está bem. Em perigo estamos nós, nesse apuro que reside na nossa urgência em vivê-lo. Vivê-lo, mesmo que torto, inacabado, ferido, precipitado, errado, proibido, ou impossível. Vivê-lo de verdade, com intensidade e sem escudos. Como deve ser, e como inevitavelmente é, quando nosso coração nos dá aquela única e inevitável rasteira que nos faz quicar no chão.

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A felicidade nada mais é do que boa saúde e memória fraca

Eu já disse aqui mesmo o meu objetivo , ser feliz 100% .

Mas sempre nós perguntamos como é possível ser feliz ? Nós só conseguimos ver as piores coisas quando fazemos essa pergunta .

Lembramos dos relacionamentos passados , das brigas com os amigos , das coisas que acontece na escola , das coisas do trabalho , lembra de algo que aconteceu dentro de casa que fez você ficar com raiva de alguém , lembra que tá com dor de cabeça , que a vida não é como você quer , que precisa de atenção e carinho .

Só reclamamos , às vezes esquecemos de olhar ao nosso redor e não vemos que temos uma fámilia que nos dá amor , que nós temos amigos que fazem a gente nos sentir bem , que as vezes temos alguém especial que nos dá a atenção mais do que necessária , esquecemos que temos saúde e que não estamos em uma cama de hospital ou em algum lugar perdido nas ruas , não lembramos que temos um teto pra morar .

As vezes esquecemos das coisas mais simples de nossas vidas , se importando mais com o passado e com as coisas ruins que acontecem , e ás vezes com coisas que não tem importância nenhuma .Muitas vezes só basta isso pra ser feliz 100% : aprendermos a ver como a vida é bela , e que as coisas a reclamar é só jogar no lixo , esquecermos , jogar em baixo do tapete e pisar por cima .

No fundo do fundo "A felicidade nada mais é do que boa saúde e memória fraca ".

Meu maior objetivo é ser feliz 100%

A gente passa a vida inteira fazendo planos de estudos, profissionais, na vida amorosa, etc . Ficamos sempre pensando nas coisas que querermos, como queremos, e como será o futuro. As vezes planejamos ter uma fámilia simples , mas especial , ao lado de quem realmente te ama e com ela construir mais uma parte da vida de ambos , vivendo em uma casa em paz , e ao mesmo tempo na correria com trabalho e filhos . Mas ao decorrer da nossa vida muitas coisas e planos mudam, ou se refazem, e novamente começamos a criar um novo futuro da nossa forma. Mas algo não mudou desde o tempo que eu começei a pensar no futuro . Sabe uma prova disso ?

É quando me perguntam

" Qual é o seu objetivo ? "

e eu simplesmente respondo

"Ser feliz 100%"